Itaquaquecetuba, por vezes referida simplesmente como Itaquá, é um município brasileiro da microrregião de Mogi das Cruzes, na Mesorregião Metropolitana de São Paulo no estado de São Paulo, posicionado na Região Sudeste do Brasil.
Distante 42,6 quilômetros a nordeste da cidade de São Paulo, capital estadual, e 1 041 quilômetros de Brasília, capital federal. A cidade desenvolveu-se próximo às margens da região do Alto Tietê, fundada aproximadamente entre 1560 e 1563 por jesuítas liderados pelo padre José de Anchieta. Os primórdios do município se encontram na Capela Católica de Nossa Senhora da Ajuda, igreja que foi fundada pelo próprio padre.
É uma das cidades mais populosas do Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do município no censo de 2010 é estimada em 321 770 habitantes, sendo o vigésimo município mais populoso de São Paulo, e o septuagésimo primeiro mais populoso do país; com uma área de 82,622 quilômetros quadrados, o que resulta numa densidade demográfica de 3 895,24 habitantes por quilômetro quadrado. O clima de Itaquaquecetuba é, como em toda a região metropolitana de São Paulo, o subtropical, onde a média de temperatura anual gira em torno dos 18°C.
Itaquaquecetuba está entre os 10 municípios brasileiros que mais tiveram avanços nos últimos 20 anos no combate à desigualdade social em 2014, possuindo também o 169º melhor produto interno bruto entre os municípios brasileiros. Ficou em 199º lugar na lista das cidades com maior taxas de homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Itaquaquecetuba possui uma forte vocação industrial por causa de sua localização geográfica: pelo município, passam rodovias como a SP-66, SP-56, SP-88 e a Rodovia Ayrton Senna, que liga o município a cidades como Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Arujá. O município também faz divisa com outros grandes centros urbanos, como a capital estadual e Guarulhos.
Etimologia
Planta Taquara, de onde se origina o nome da cidade
O nome Itaquaquecetuba veio do tupi antigo falado pelos índios que habitavam algumas das aldeias próximas à região do Alto Tietê, incluindo a própria aldeia de Itaquá. O nome significa amplamente “lugar abundante de taquaras cortantes como facas”, através da junção dos termos ta’kwar/taqua (taquara), kysé/quicé (faca) e tyba/tuba (ajuntamento ou lugar abundante em). O termo formou-se por taquaquicé-tuba, o que, posteriormente, proveu o nome Itaquaquecetuba, adotado pelo padre jesuíta, José de Anchieta, no período da colonização portuguesa do município.
História
A origem do município de Itaquaquecetuba remonta a uma das doze aldeias fundadas pelo padre jesuíta José de Anchieta em sua longa permanência no Brasil. Sua criação se deve ao padre João Álvares, morador da Vila de Mogi das Cruzes, que, em 1610, obteve uma sesmaria que deu origem a uma fazenda e capela particular, sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda. Após sua morte, os jesuítas passaram a administrar Itaquaquecetuba, estabelecida na beira do Rio Tietê, para catequizar os índios.
Nas décadas de 10 e 20 do século XVII, entretanto, a aldeia ficou quase deserta já que, por ordem de Fernão Dias, desejoso de ter um maior controle dos índios catequizados, a maior parte de sua população foi transferida para aldeia de São Miguel, mais próxima a São Paulo, onde havia sido erguida uma nova capela.
A população recomeçaria a crescer apenas em 1624, quando o padre João Álvares, construtor da capela da Conceição de Guarulhos e também da de São Miguel, decidiu levantar em sua propriedade, localizada bem ao lado da aldeia de Itaquaquecetuba, um oratório em louvor a Nossa Senhora da Ajuda que, em seguida, tornar-se-ia capela “que serviu de núcleo à povoação, legando-a, por sua morte, ao colégio dos jesuítas”. Este foi o marco inicial da povoação, que logo viria a se fixar em seu redor, com o nome, justamente, de Nossa Senhora da Conceição de Itaquaquecetuba, recuperando, assim, o topônimo do antigo aldeamento, elevado à freguesia pela lei Nº 17, de 28 de Fevereiro de 1838.
O primeiro censo realizado na Aldeia de Nossa Senhora d’Ajuda, em 1765, apresentou os seguintes resultados: 59 “iogos” que eram habitados por 109 mulheres e 117 homens. Pouco cresceu a aldeia que neste estado permaneceu quase duzentos anos. Foi com a inauguração da Variante da Estrada de Ferro Central do Brasil em 1925 que Itaquaquecetuba começou a crescer e a prosperar.
A denominação reduzida para Itaquaquecetuba ocorreu somente no século XX, quando se separou de Mogi das Cruzes, com sua elevação a município, e com o território do respectivo distrito, pela lei Nº 2.456 , de 30 de dezembro de 1953, posta em execução a 1 de janeiro de 1954. Como município, ficou constituído de um único distrito, o de Itaquaquecetuba.
A rigor, o topônimo significa ajuntamento ou reunião de taquaras-faca (uma espécie de taboca ou taquara com cujos ramos, cortantes, se faziam facas), e é formado pela composição de takûara (taquara, taboca), kysé (faca) e tyba (ajuntamento, reunião, abundância), referindo-se a um imenso taquaral que existia na aldeia, no tempo de sua fundação, margeando os rios Tietê e Tipóia. O “i” parece que é uma prefixação arbitrária, isto é, não vem do tupi, e talvez tenha sido motivado pela grande quantidade de topônimos formados pela palavra pedra em tupi, que é itá. Em Itaquaquecetuba, passa a linha imaginária do Trópico de Capricórnio.
Demografia
Com uma área de cerca de 81 quilômetros quadrados, o município possui uma população estimada em 321 854, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município possui uma densidade demográfica de 3 935,75 habitantes por quilômetro quadrado.
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 24,66
Expectativa de vida (anos): 67,10
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,94
Taxa de alfabetização: 90,81%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,744
IDH-M Renda: 0,651
IDH-M Longevidade: 0,702
IDH-M Educação: 0,880
(Fonte: IPEADATA e IBGE)
Bairros
Praça Padre João Álvares; ao fundo, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Ajuda
A cidade de Itaquaquecetuba possui mais de 400 bairros em uma área de aproximadamente 81,7 km², dentre os principais bairros de Itaquaquecetuba estão a Cidade Kemel, que está igualmente dividido em outros três municípios,São Paulo, Poá e Ferraz de Vasconcelos. Segundo o Mapa de Assentamento Urbano do município, o mesmo está divido nos distritos Centro, Vila Virgínia, Estação, Pedreira, Vila Esperança, Morro Branco, Acafrão, Cidade Kemel, Campo Venda, Una, Pinheirinho, Ribeiro, Pium, Campo Limpo, Jardim Odete, Mandi, Jaguari, Sítio Mato Dentro, Jardim do Carmo, Rio Abaixo, Corredor, Marengo Alto e Baixo, Perobal, Cuiabá e São Bento.
Saúde
O município abriga a 7ª melhor maternidade do Estado de São Paulo, o Hospital Geral de Itaquaquecetuba obteve a nota 8,936 na pesquisa de satisfação dos usuários do Sistema Único de Saúde. Esse levantamento foi elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo no período de março de 2009 e janeiro de 2010, ao todo foram 158 mil pacientes entrevistados de 630 estabelecimentos.
Em um outro estudo para identificar as melhores unidades do Sistema Único de Saúde, o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos “Dr. Osíres Florindo Coelho” e o Hospital Luzia de Pinho Melo de Mogi das Cruzes não ficaram entre as 35 melhores na lista. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo foram feitos 2993 partos no período. A unidade possui estrutura para partos de alto risco, mas a maioria (79,2%) são normais. O hospital possui 10 leitos de UTI neonatal, 7 leitos semi-intensivos e 10 leitos de berçário patológico.
A primeira colocada na pesquisa de satisfação dos pacientes dos Sistema Único de Saúde é o Hospital Santa Marcelina de Itaquera (São Paulo), o hospital tirou nota 9,126.
Transportes
O município é servido pelos trens da linha 12 da CPTM, contando com três estações: Aracaré, Manoel Feio e Itaquaquecetuba.
Também pela SP-66 (Antiga Estrada São Paulo – Rio); SP-56 (Estrada de Santa Isabel); pela Rodovia Ayrton Senna; além da Rodovia Mogi-Dutra (SP-88), que corta o bairro de São Bento, e do Trecho Leste do Rodoanel Metropolitano de São Paulo.
As linhas de ônibus municipais estão sob concessão da empresa CS Brasil, do grupo JSL. O município também é servido pelas linhas de ônibus intermunicipais da EMTU-SP, pelo Consórcio Unileste, onde cortam os municípios de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Isabel, São Paulo e Suzano.
O grupo JSL anunciou em agosto de 2010 que já está em funcionamento o seu terminal rodoferroviário, seis meses antes da previsão inicial. A empresa está fazendo esse investimento com o sentido de solucionar parte dos problemas que as transportadoras tem ao abastecer a Grande São Paulo ou cruzar a região com destino a outras localidades. Os veículos quando passam pelo município de São Paulo utilizam as suas principais vias, que geralmente estão congestionadas e com restrições de passagem. O local fica próximo da Rodovia Ayrton Senna, que por sua vez tem ligação com a Rodovia Presidente Dutra (em Guarulhos) e fica próximo do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas, que passa a cinco quilômetros do empreendimento.
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